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Infinitudes
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Infinitudes
Qual a razão pela qual estou aqui? Desde que nasci só sofrimentos, foram poucos os momentos realmentes felizes. Amizades não se conectaram, as pessoas, me chamam de genocida por não apoiarem o candidato delas, que é um ladrão, vive do luxo e do lixo, e se diz pai dos pobres.
Sou uma pessoa presa em minha cidadela, vejo milagres. E, os que deveriam ser os pastores da Igreja, ou se dizem homens de Deus, profanam, possuem uma vida cheia de vícios, escândalos, de hipocrisias, vivem em palácios, e pregam a pobreza. Ou em algumas igrejas, o milagre é se tornar empresários, do crime, das drogas, da própria prostituição.
Dizem contrários ao aborto, mas abordam inocentes, o molestam e se dizem homens de Deus.
Padres que fazem programas de auditório em rede aberta, mostrando o vício mais exuberantes de seu apresentador, que, bem nasceu numa família de judeus, mas que gosta da imoralidade, da criminalidade.
Não sou santa, nem tampouco o ser infernal, sou humana, cheia de erros, e antes de mostrar os dos outros, mostro o meu próprio.
Sou presa ao passado, deveria ter estudado arquiologia, não Ciências Químicas e Matemáticas, queria ser mais prática a teórica.
Queria poder caminhar de mãos dadas com os filhos que Deus me proporcionou, mas as escolhas, e a própria psicóloga dizem que não os quero grandes, que mentiras deslavadas, afinal, como podem ser grandes, se nem lavam suas roupas íntimas ou fazem suas camas ao levantarem?
Errei na criação deles, errei como filha, como esposa, não sei cozinhar direto, coloco pimenta, tempero na comida além do sal. E, não sei nada fazer, do que escrever, desabafar, me humilhar.
Sou o que nessa vida?
Sou uma infinidade de partículas que se transformou em matéria (tudo que têm massa e ocupa espaço, ou tudo que tm inércia e volume), fato do aglomerado energético de Deus.
Sou uma pessoa que perdeu a família materna, e que nem têm mais como buscar.
A vida se foi.
E, me questiono o que ainda aqui faço?
Um traço de poesia, uma ironia, uma hipocrisia?
Sou uma falha genética onde dizem Translocação Cromoissômica do cromossomo 13. Ou Translocação Robertsoniana do Cromossomo 13, que herdei de minha mãe, e passei para minhas crias. O que acontece? Não sei há quase 27 anos, uma investigativa após o nascer de meus gêmeos: Alexia Cristina e Gabriel (in memoriam, há 24 anos voltou para a casa do Pai-Criador).
Sou uma explosão de sentimentos envolvidos, e só Deus pode me entender, a loucura que emana de minh'alma, que dilacera meu corpo físico e me deixa envolvida nas lágrimas... Na solidão.
E, o tempo passa, e aqui aos 58 anos e 11 meses e 5 dias estou. Queria amor, mas não sei onde esse sentimento está. As mentiras estão em todos os lugares.
E, eu estou aqui, querendo partir. A vida em si acabou para mim. Mas, vou está aqui até quando for chamada para ir para casa.
São Paulo, 5 de dezembro de 2025
12h48min.
Poema que fiz para esse site e também no Recanto das Letras.
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